segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CORDÃO DE OURO - CONTRA MESTRE PAIAKAN (2009-2010)

JOHN SAMARITANO ( CAMISETA AZUL) E EMANUAEL KIBOA (CAMISETA PRETA )
CORDÃO DE OURO
CONTRA-MESTRE PAIAKAN
LOCAL- ESCOLA JOÃO NOGUEIRA JUCÁ
CONJUNTO ALVORADA-FORTALEZA-CE          
  


Novo amanhecer

A cada dia que abro os olhos e acordo para um novoamanhacer, percebo que ainda tenho muito o que aprender. Temos muitas escolhas e dessas escolhas, suas consequências virão. Já fiz a minha, creio nos meus orisas e em nossa cultura popular afro brasileira. Asé mojuba, laroyê esù e salve todos os orisas.
Agradeço todos os dias por ser exatamente quem eu sou e nada mais sempre,mas as vezes sou ...aberto a novas experiencias. Porém, jamais irei mudar minha essencia.
Rezar pra meus caboclos, guias, enkyses, voduns, enfim, e jogar capoeira até mesmo em aruanda, porque sei que um dia iremos pra lá.
Salve Osala,
Salve a capoeira,
Salve Zambi e todos os orisas.

Asè a todos e todas.
boa tarde!

terça-feira, 8 de março de 2011

Imagens do maracatu 2011

Com participação especial da Cia de Dança Olodumare (Professor Junior).
Nação Pici, Oco do Mundo, Rei Zumbi e Outros. 

Aconteceu em fortaleza! Avenida é tomada pelo maracatú



                Tudo pronto para que os cortejos de cores e sons tomem conta de um dos mais tradicionais espaços do Carnaval de rua de Fortaleza. Devidamente preparada e com estrutura montada pela Prefeitura de Fortaleza, a avenida Domingos Olímpio será o palco principal para o desfile das agremiações carnavalescas – maracatus, escolas de samba, blocos, cordões e sujos. Uma grande mostra das ricas manifestações da cultura cearense, reunidas na mais popular e democrática das festas. Neste ano, o local será denominado Polo Zé Rainha, em homenagem ao carnavalesco que é um dos mais representativos nomes da história do maracatu cearense.

                Com uma programação rica e diversificada, os desfiles na Av. Domingos Olímpio têm início neste domingo, a partir das 16h20, com o desfile de 14 maracatus. Na segunda (7), a partir das 17 horas, três cordões e oito blocos passam pela avenida. Na terça-feira (8), será a vez da participação de três afoxés e sete escolas de samba, que encerram a programação de desfiles no local, também a partir das 17 horas. Toda essa movimentação se dá em prol de um encontro multicultural e de pleno acesso a quem quiser cair na folia com tranqüilidade e acompanhando algumas das principais tradições culturais cearenses.

                A estrutura montada este ano para o Carnaval na Av. Domingos Olímpio terá duas novidades. As arquibancadas, que terão capacidade para cinco mil lugares, serão cobertas, protegendo o público em caso de chuva. Além disso, serão colocados telões de LED para que o público possa acompanhar toda a programação de desfiles. A avenida contará ainda com o monitoramento de câmeras de segurança, para dar tranqüilidade aos presentes. Para cada noite são esperadas 40 mil pessoas, que acompanharão a passagem de blocos de maracatus, sujos, escolas de samba e afoxés.
                     Homenagem a Zé Rainha

                Natural de Lavras da Mangabeira, José Ferreira Arruda, o Zé Rainha, nasceu em 1934. Sua primeira participação no Carnaval de Fortaleza data de 1962, no Bloco “Garotas do Esputinique”. No ano seguinte, desfilou como princesa no Maracatu Rei de Paus. Em 1964, foi escolhido Rainha do mesmo maracatu, vencendo um concurso realizado pelo programa “Fim de Semana na Taba”, da Rádio Iracema. A partir de então, passou a ser chamado Zé Rainha, tornando-se conhecido como o principal responsável pela introdução do luxo no cortejo do maracatu cearense, com os tecidos brocados, lantejoulas, miçangas e brilhos de suas fantasias.

                O artista seguiu integrando o Maracatu Rei de Paus até 1969, quando resolveu ajudar na reestruturação do Maracatu Az de Ouro, desfilando como rainha de 1970 até 1985, sendo escolhido pelo júri oficial do Carnaval como “melhor rainha”, durante seis anos seguidos. Também se destacou no Maracatu Leão Coroado, antes de retornar ao Rei de Paus e ao Az de Ouro, estendendo seu reinado até 2005, quando, por problemas de saúde, teve de se afastar do desfile do Carnaval de Rua de Fortaleza. Sua dedicação ao maracatu e à cultura popular é reconhecida pelo povo e enfatizada pela Prefeitura de Fortaleza com a homenagem no Carnaval 2011.

• Polo Zé Rainha – Avenida Domingos Olímpio

Desfiles das Agremiações Carnavalescas
A programação aconteceu nos dias:

Domingo – 06 de março

16h20 Maracatu Nação Pici
17h00 Maracatu Rei Zumbi
17h40 Maracatu Axe De Oxossi
18h20 Maracatu Nação Baobab
19h00 Maracatu Vozes Da Africa
19h40 Maracatu Nação Iracema
20h20 Maracatu Nação Fortaleza
21h00 Maracatu Rei De Paus
21h40 Maracatu Az De Ouro
22h20 Maracatu Rei Do Congo
23h00 Maracatu Solar
23h40 Maracatu Kizomba
00h20 Maracatu Dragão Do Mar
01h00 Maracatu Filhos De Iemenjá

Segunda – 07 de março

17h00 Cordão Princesa No Frevo
17h40 Bloco Turma Do Mamão
18h20 Bloco Doido É Tu
19h00 Bloco Unido Da Vila
19h40 Cordão Vampiro Da Princesa
20h20 Bloco Prova De Fogo
21h00 Cordão As Bruxas
21h40 Bloco Garoto Do Parque
22h20 Bloco Garoto Do Benfica
23h00 Bloco Império Vila Santo Antônio
23h40 Bloco Fuxico Do Mexe-Mexe

Terça – 08 de março

17h00 Afoxé Filhos De Oya
17h40 Afoxé Oxum Odola
18h20 Afoxé Acabaca
19h00 Escola De Samba Tradição Da Bela Vista
19h40 Escola De Samba Girassol De Iracema
20h20 Escola De Samba Unidos Do Acaracuzinho
21h00 Escola De Samba Imperadores Da Parquelandia
21h40 Escola De Samba Mocidade Da Bela Vista
22h20 Escola De Samba Corte No Samba
23h00 Escola De Samba Império Ideal

Participação Do Bloco Adeus Amélia
                               Veja mais abaixo
                              

Origem da Capoeira

                

Nome de origem luso-indígena, a própria palavra já denuncia seu nascimento no campo entre grandes movimentos de plantação de cana de açúcar. Capoeira é uma vegetação secundária composta por gramínias e arbustos esparsos. O termo, oriundo do tupi-guarani, designa o mato que nasceu sob a vegetação cortada. Esse era o melhor local para suas invertidas contra os capitães-do-mato e os feitores por ter espaço amplo e favorável a pratica de seus movimentos de defesa e ataque, o que não seria favorável se fosse no canavial, por exemplo.
As clareiras abertas na mata serviram de canal para a fuga dos negros em busca de liberdade e melhor condição de vida nos quilombos.
Mas há quem diga que a capoeira é própria da cidade, onde aquela brincadeira quase inocente das fazendas teria evoluído para a arte marcial. "Sem dúvida, ela nasceu no meio rural com a luta pela liberdade porem a malicia (mandinga capoeiristica) é urbana", afirma o pesquisador baiano Waldeloir Rego, autor de um clássico sobre o assunto, ensaio sócio-etnográfico à respeito do jogo de angola.
                Só não podemos afirmar se a capoeira teve inicio em Salvador ou no Rio de Janeiro ou, provavelmente, se fez ao mesmo tempo nas duas cidades, e ainda em Recife. 

            N’golo ou Dança da Zebra

                A Dança da zebra ou N'Golo de origem do povo "Mucope" do sul da Angola, que ocorria durante a "Efundula" (festa da puberdade), onde os adolescentes formam uma roda; com uma dupla ao cetro desferindo coices e cabeçadas um no outro, até que um era derrubado no solo, essa luta é oriunda das observações dos negros, dos machos das zebras nas disputas das fêmeas, no período do cio, onde os machos lutam com mordidas, cabeçadas e coices. Com a "revolta dos Malês", na Bahia, formada pelos Negros Malês em 25 de fevereiro de 1835 que foi reprimida pelos Portugueses, que castigaram mutilando os lideres, e enviou um navio para África e outro dos rebeldes para a América Central. Em Cuba e Martinica os males fundiram com a dos navios e negros dos canaviais dando origem ao "Mani", em cuba e "Ladva", em Martinica. O N'Golo levado pelos angolanos para palmares fundiu-se com a Maraná surgindo a Capoeira.Algins mestres e etnógrafos tiveram o privilégio de ir a Àfrica e  assistir uma dessas manifestações culturais, a "dança do N'Golo", e não tem nenhuma aparência com a Capoeira chamada Angola.
Cartas do Jesuíta Antonio Gonçalves para os superiores de Lisboa, em 1735, descreve um luta que os índios praticavam antes de qualquer conflito, em forma de roda dois a dois usando os braços, pernas, cotoveladas, joelhadas, e usando todo corpo como armas (convento de Santo Inácio de Loyola, anais das missões no Brasil. Tomo III pág. 128)
                O escrito Holandês Gaspar Barleus descreve no livro "Rerum Per Octenium in Brasília-1647, a luta dos índios tupis praticada no litoral brasileiro" chamado de maraná, luta de guerra, só existem dois exemplares, um no EUA e outro no Brasil.
                O cronista alemão Johann Nieuhoff descreve em seu livro "Crônicas do Brasil Holandês" 1670, a luta do maraná assim com descreve em baixo:
        
               
Maraná a Dança da Guerra


              
  As cartas do escrivão Francis Patris, que acompanhava o cortejo do príncipe Mauricio de Nassau durante a invasão Holandesa, descreve entre muitos obstáculos para a ocupação do território brasileiro a resistência dos Habitantes do Brasil.
                Negros comandados por Henrique Dias, portugueses por Vidal de Negreiros, Índios Potiguares comandados por Felipe Camarão, o "Ìndio Poti". Esses índios usavam durante o confronto, alem de flechas borduna, lanças e tacapes, os pés e as mãos desferindo golpes mortais, destacando-se por sua valentia e ferocidade.
Pertencia a cultura potiguara a dança e guerra Maraná, que avaliava o nível de valentia. Em círculos, os guerreiros com perneiras de conchas compunham um compasso ao bater com os pés e as mãos, invocando seus antepassados, acompanhado de atabaques de troncos com pele de Anta, chocalhos e marimbas, em quanto que dois guerreiros se confrontavam ao centro com golpes de pernas, cotoveladas e movimentos que imitavam os animais.