PROJETO PEDAGÓGICO ASÈ MALUNGO

ASÈ MALUNGUINHO
PROJETO PEDAGÓGICO

Projeto e concepção:
JOHN WILSON MARTINS
EDUCADOR SOCIAL












                                                            




























“A capoeira tem origens e raízes africanas...seu ventre, sua mãe...é conhecida como cultura negra...seu pai a liberdade...mas nasceu e foi criada no Brasil, algures no recôncavo baiano...cercada de malandragem e brasilidade...quando jovem foi rebelde, mal vista, perseguida...na adolescência se desenvolveu, cresceu...ganhou o mundo e respeito...tirou o seu passaporte...Hoje, mais madura está presente em todos os lugares...nos quatro cantos do mundo e tem o orgulho de dizer SOU BRASILEIRA! Salve a capoeira!”

Mestre Pastinha



Os africanos trouxeram consigo sua religião – Candomblé – e sua cultura, que inclui a comida, a música, modo de ver a vida e seus semelhantes, e muitas de suas lendas e mitos, origem da criação do mundo e dos seres que viriam a habitar o ile Ayè, Planeta Terra em Ioruba, seres dotados de Asè, poder de realização, energia vital, força, sorte... Vieram contra sua vontade...tumbeiros...mortos e vivos atravessando o mar...trouxeram também em sua memória, inúmeras danças-lutas, que posteriormente viriam influenciar a luta do negro no canavial, a de Angola... talvez o N`golo ou Dança da Zebra do povo Mucope...ou Maraná dos antigos Potiguaras...seu nome...Capoeira...proveniente da língua Tupi-Guarani, mato ralo...escravo fujão!...onde está?...disseram que foi pra capoeira...melhor pra gingar...já foi... sobrou pro feitor.
Subserviência não é viver... alguns preferiram morrer...qualquer coisa que acabasse com aquela dor...ontem sonhei assim, era escravo...minha mãe? Não sei onde está...meu irmão, lhe cortaram a língua, pois reclamava, chorava demais...meu pai? No Orun, em Aruanda...na senzala, conheci um africano...ele sabia lutar...ele vai me ensinar...vou fugir pra Palmares...ouvir falar em Ganga Zumba, tem até um tal de Zumbi... dizem por aí que até a dança da guerra, ele sabe lutar...
e lá vou viver livre como na minha terra, Nigéria... saudades do rio Osun... Iorubalândia... Ijexá e Ijebu...mais nosso povo ainda ai de ser livre...é nossa luta...pra defender nosso corpo, nossa cultura...
e meus orisas...sou Omoòìsà...
filho de Sango...
Kawó Kabiesilé... e de Iansa...epa-hei Oyà!

LAROYÈ ESÙ! SALVE OLORUN, ODUDUA, OLODUMARE, SALVE ZAMBÍ, SALVE SANGO, OYÁ, OSÙN, SALVE OGUN, OSSÒSI, OSSAIN, OBÁ, SALVE NANÃ, SALVE YEMONJA, OBALUAYÊ, SALVE OS IBEJIS, SALVES OS ORISÀS!
SALVE A CAPOEIRA!
SALVE A CULTURA AFRO-BRASILEIRA!
                                                                                                                                                        John Wilson Martins




Parceiros:
   
              






APRESENTAÇÃO


A Capoeira é uma modalidade extremamente rica em recursos pedagógicos, pois seu contexto relaciona elementos corporais, rítmicos, musicais, históricos e culturais. Provavelmente, a combinação desses elementos em uma única atividade é o que faz da Capoeira uma atividade física tão singular e que desperta, sobremaneira, o interesse das crianças nessa faixa etária.

(SILVA, 1993)

É falando de capoeira que se inicia esta apresentação do Projeto Pedagógico Asè Malunguinho (do Ioruba asè ou axé – sorte, energia, poder e força da natureza, poder de realização– Malunguinho, diminutivo de malungo, camarada ou companheiro de origem) que podemos chamar de “marco zero” das ações atualmente realizadas.
            Sou capoeirista desde 2001 integrante do Grupo Cordão de Ouro – CE e formado Monitor em 2008 em evento de nível nacional realizado pelo Grupo CDO, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará -CEFET –CE. O Grupo Cordão de Ouro foi fundado em 1º de Setembro de 1967 por Reinaldo Ramos Suassuna (Mestre Suassuna) e Antonio Cardoso Andrade (Mestre Brasília), pioneiros da capoeira em São Paulo. No Ceará destaca-se a figura de Marcos Antonio Lopes de Sousa(Mestre Espirro Mirim) á frente da Cordão de Ouro em Fortaleza, residindo hoje nos Estados Unidos.
Paralelamente á prática da capoeira, fui integrante da Cia de Dança Olodumaré, tendo como professor e amigo Edmilson Avelino de Sousa Júnior (fundador e Professor Coreógrafo), grupo que desenvolve pedagogicamente a prática da dança em sua matriz, sua essência, com enfoque nas danças brasileiras, inclusive danças afro.
Venho desenvolvendo trabalhos sociais com intuito de intervir positivamente em comunidades do município de Fortaleza, que necessitam de uma maior atenção direta e indiretamente no âmbito da educação social, dando continuidade a preservação da cultura popular afro-descendente. Inicialmente, estas concentravam-se na capoeira, mas o ensino e a prática da mesma me levaram a ter uma maior perspectiva desse trabalho. Participação assídua tem sido a de Eliomar Vale de Lima (C-M Paiakan-CDO.CE), pessoa no qual tenho uma enorme admiração e gratidão, em suma sempre um amigo, irmão, sempre um malungo na essência da palavra. Desde o início este supervisiona as atividades que venho realizando.
Sou feliz, ainda, quando menciono o nome de Márcia Regina Viana Pinheiro - minha ex-Coordenadora de Projeto do Programa Mais Educação (Governo do Estado do Ceará) da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental EMEIF São João Batista, situada no bairro Jardim das Oliveiras­­­ - formada em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC), especialista em História da África e grande amiga estimuladora na sistematização destas atividades propostas.
Através da capoeira tive a oportunidade de conhecer várias manifestações culturais brasileiras de matriz africana, como por exemplo, danças folclóricas e ritmos da percussão afro, a citar: maculele, jongo, puxada de rede, samba de roda, danças guerreiras, Dança do fogo, dança do coco, maracatu, entre outros.
Ser capoeirista também me enfatizou uma curiosidade imensa a respeito da musicalidade afro-percussiva tão presente nas manifestações culturais, de maneira que, em maio deste ano me tornei integrante do Grupo de Música Percussiva Acadêmicos da Casa Caiada da UFC. O Grupo de Música Percussiva Acadêmicos da Casa Caiada nasceu de uma extensão da disciplina de percussão do curso de Licenciatura em Educação Musical e foi batizado pelo ritmista e artista plástico Descartes Gadelha. O grupo tem a orientação de Catherine Furtado (Graduada em Educação Musical – UFC) e coordenação do Dr. Erwin Schrader (UFC), professores e amigos que de maneira direta e indireta tem auxiliado na realização desse trabalho sistemático.
Tendo como base o ensino e a prática da capoeira, percussão afro e danças folclóricas que se propõe neste Projeto Pedagógico a realização sistematizada de aulas integradas as ações e disciplinas curriculares dentro das escolas públicas ou particulares, em associações, e organizações não governamentais (ONGs) vinculando-se as ações sócio-pedagógicas as comunidades.   
                                                                                                           JOHN WILSON MARTINS


OBJETIVOS

Ø  Auxiliar na efetivação da lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n° 10.639-3) de maneira que possamos:

·         Conhecer as culturas africanas, suas crenças, religiões, musicas, danças e artes visuais;
·         Conhecer na teoria e prática, manifestações culturais de origem afro-descendente como, capoeira, danças, percussão, e, de forma suscinta, os dialetos africanos que influenciaram a língua portuguesa-brasileira, com ênfase nos dialetos Banto e Ioruba;
·         Auxiliar no reconhecimento de nossa identidade cultural afro-brasileira;
·         Analisar e refletir consequencias dos traços das lutas escravas no Brasil;
·         Compreender o conceito de diáspora africana e consequencias;
·         Formar grupos de estudo, com seguintes objetivos:

- Fomentar a idéia de que os educandos são agentes de mudanças dentro das escolas, na família e na comunidade em que vivem.
- O que representou a escravidão para o povo africano.
-Pesquisar como vivem as comunidades quilombolas do Brasil.
- Verificar de que forma a cultura africana influencia a cultura brasileira.

·         Refletir a relação entre o afro- descendente e o preconceito;
·         Valorizar a cultura negra e seus afro-descendentes na escola e na sociedade;
·         Entender valorizar a identidade da criança negra;
·         Desmistificar opreconceito relativo aos costumes religiosos e alimentares provindos da cultura africana;
·         Fomentar o reconhecimento da riqueza rítmica e harmônica de gêneros musicais brasileiros e suas origens;
·         Compreender os benefícios da prática da capoeira, em seu contexto histórico-cultural e como uma das possibilidades da cultura corporal, inexistindo descriminalização de credo, etnia ou faixa etária de idade, que além de melhorar o condicionamento físico, na agilidade, flexibilidade, equilíbrio, coordenação, força e ritmo, nos direciona a conhecer melhor a nossa cultura, não só na melhoria da qualidade de vida que nos remete sua prática, mas também à estética do jogo, o diálogo corporal, o desenvolvimento artístico-musical e apreciação. “Quem dança seus males espanta”, na sua prática como defesa pessoal enfim, como forma de resistência da cultura afro-descendente e em suma, da sua aplicação na educação social. Da sua permeabilidade, o ensino da capoeira nos propicia uma certa liberdade dentro da atividade, de maneira que possamos ser implementá-la junto a percussão ( o jogo de  capoeira se dá ao som de berimbaus, pandeiros, agogôs, reco-reco, atabaque e palmas, ainda mais nas danças acopladas a mesma) e danças folclóricas como, maculele, puxada de rede, samba de roda, danças guerreiras, dança do fogo, jongo, coco e etc.


·         Fabricar instrumentos percussivos reciclando e reutilizando sucatas, retirando do meio ambiente e dando-lhes uma funcionalidade educacional, preservando a natureza;
·         Trabalhar na teoria e na prática da dança propostas que integrem o fazer, a apreciação e a contextualização artísticas;
·         Promover apresentações artísticas na escola, na comunidade e em espaços culturais;
·         Promover anualmente culminância das atividades de capoeira(batizado e troca de cordões), percussão e danças afro-brasileiras, tendo como parceria o Grupo de Capoeira Cordão de Ouro- CE, o Grupo de Música Percussiva Acadêmicos da Casa Caiada da Universidade Federal do Ceará – UFC e a Cia de Dança Olodumarè, e seus integrantes em evento com apresentações culturais visando o reconhecimento frente aos esforços dos educandos nas propostas pedagógicas, práticas e teóricas.


JUSTIFICATIVA

Através das práticas sócio-educativas e culturais como capoeira, percussão, e danças folclóricas de origem afro-brasileira, o projeto ÀSE MALUNGUINHO surge por uma necessidade de fomentar sua visibilidade, organização de suas dimensões e a própria sistematização desse trabalho que já vem sendo realizado desde 2006.
E também o fato de que o ensino da História e cultura afro-brasileira nas escolas públicas e particulares de todo o Brasil, tornou-se obrigatório a partir da Lei de Diretrizes e Bases da educação, a LDB, Lei n° 10.639, de 09 de janeiro de 2003.
Oito anos após a aprovação da lei, a realidade dentro das escolas do país mostra que a prática integral dessa inclusão nos currículos escolares ainda está distante.
De acordo com a exigência prevista pela LDB, as escolas devem incluir como disciplina o ensino aprofundado sobre a História e a cultura afro-brasileira.
E foi pensando em sua efetivação que me veio incumbência da elaboração desse projeto pedagógico para que, de maneira orgânica e contextualizada seja fomentado a efetivação da LDB em questão, nas instituições de ensino por meio de aulas fixas ou oficinas sócio-educativas das atividades propostas.
É importante ressaltar a otimização dessas manifestações culturais de matriz africana, em diversas disciplinas, em parceria com o corpo docente escolar, a citar: Educação Física, Matemática, Física, Geografia, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Educação Artística, Biologia, Sociologia, Filosofia e História, de maneira a contribuir na efetivação da LDB da Educação, valorizando as diferenças culturais eestimulando o reconhecimento da contribuição do negro na formação sócio-política e cultural do povo brasileiro.



METODOLOGIA GERAL

Acolhimento:

ü  Dinâmicas de acolhimento, visando respectivamente um melhor entrosamento e “quebra de gelo” com a apresentação do(s) novo(s) integrante(s) aos grupos formados, refletindo numa relação saldável da coletividade;

Roda de conversa:

ü  Socialização das ações propostas em roda de conversa, na troca de saberes valorizando a criatividade;

Práticas sócio–educativas e culturais:

ü  No que diz respeito ás próprias atividades sócio-educativas e culturais; capoeira, percussão e danças afro-brasileiras.

Formar grupos de pesquisa:

ü  Reunindo alguns jovens da escola ou mesmo da comunidade, para realizar pesquisas, estudos aprofundados atavés de livros, textos impressos, musicas e vídeos sobre a cultura afro-brasileira e suas especificidades;

Avaliação:

ü  A avaliação será processual e formativa. E por meio de seminários e culminância das atividades, em encontros valorizando a coletividade, por exemplo; ‘Batizado de Capoeira’ com apresentações culturais de percussão e danças.









METODOLOGIAS ESPECÍFICAS
                           
CAPOEIRA

Alongamento:

ü  SUAVE

De 10 a 30 segundos em alongamento suave, sem balanceio dando continuidade até sentir uma certa tensão, relaxando. Reduzindo a tensão muscular e preparando os tecidos para um alongamento progressivo;

ü  PROGRESSIVO

Posteriormente ao alongamento suave, avançando lentamente para o progressivo, estendendo a mais uma fração de centímetro sentindo novamente uma tensão leve, sustentando a postura por cerca de 10 a 30 segundos, diminuindo a tenção. Ajudando a regular os músculos e aumentando a flexibilidade;

ü  RESPIRAÇÃO

Respiração lenta, rítmica e controlada.

Aquecimento de treinamento:

ü  Treinamento da capoeira com base na metodologia de ensino e na filosofia do Grupo de Capoeira Cordão de Ouro;

Roda de Capoeira:

ü  Avaliação do treinamento, socialização e apreciação musical e corporal;

Roda de Samba:

ü  Como forma de lazer e integração.



PERCUSSÃO

Alongamento:

ü  SUAVE

De 10 a 30 segundos em alongamento suave, sem balanceio dando continuidade até sentir uma certa tensão, relaxando. Reduzindo a tensão muscular e preparando os tecidos para um alongamento progressivo.

ü  PROGRESSIVO

Posteriormente ao alongamento suave, avançando lentamente para o progressivo, estendendo a mais uma fração de centímetro sentindo novamente uma tensão leve, sustentando a postura por cerca de 10 a 30 segundos, diminuindo a tenção. Ajudando a regular os músculos e aumentando a flexibilidade.

ü  RESPIRAÇÃO

Respiração controlada, rítmica e controlada.

Divisão em naipes:

ü  Inicialmente dividi- se os instrumentos em naipes, ou seja grupos de instrumentos iguais em sonoridade.



Dinâmicas percussivas que estimulam o corpo de forma geral (em suas sensações e cognição):

ü  Alongamento e Aquecimento corporal;
ü  Atividades de Pulsação, andamento;
ü  Atividades de dinâmica com toques contínuos no instrumento;
ü  Atividade de ritmo através da sonorização pela voz, depois corpo e depois no instrumento;
ü  Atividades de repetição e imitação;
ü  Estrutura musical e do ritmo na música;

 Prática percussiva em grupo: 

ü  Dinâmica musical com a percussão em coletividade.



DANÇAS AFRO–BRASILEIRA

Alongamento:

ü  SUAVE

De 10 a 30 segundos em alongamento suave, sem balanceio dando continuidade até sentir uma certa tensão, relaxando. Reduzindo a tensão muscular e preparando os tecidos para um alongamento progressivo;

ü  PROGRESSIVO

Posteriormente ao alongamento suave, avançando lentamente para o progressivo, estendendo a mais uma fração de centímetro sentindo novamente uma tensão leve, sustentando a postura por cerca de 10 a 30 segundos, diminuindo a tenção. Ajudando a regular os músculos e aumentando a flexibilidade;

ü  RESPIRAÇÃO

Respiração lenta, rítmica e controlada.

Princípios do movimento:

ü  Respiração, equilíbrio, apoios, postura;

Elementos do movimento:

ü  O quê, como, onde e com que nos movemos;

Processos da dança:

ü  Improvisação, composição coreográfica, repertórios;

Musicalidade:

ü  Apreciação musical e rítimo.

Dimensões sócio-histórico-culturais:

ü  Aspectos estéticos, história, música, crítica e estética,



RECURSOS

·         Infra-estrutura: 

-Biblioteca; leitura de vários tipos de textos: textos jornalísticos, literários, poéticos.
-Sala de vídeo; para aulas de vídeo, por meio de documentários.
- Sala de informática; para pesquisas na internet.
-Variação de espaços (fechados e abertos) para a prática da capoeira e das danças afro-brasileiras; em momentos distintos, para o bom desenvolvimento das atividades propostas.
-Espaço aberto para as práticas percussivas em coletividade; por motivos sonoros, por ser uma atividade realizada no coletivo, há variação na sonoridade, não sendo recomendado sua realização em lugares fechados, a não ser em salas próprias, sendo devidamente acolchoadas e forradas para não prejudicar a audição dos educandos.

·         Material pedagógico:
-Impressões;
-equipamento de som;
- CDs e DVDs;
-Tinta própria para a pintura de corpo;
-bastões (esgrimas) para a prática do maculele;
-calças brancas (ABADAS) e camisetas próprias para a prática da capoeira;
-instrumentos de percussão: caixas, surdos, triângulos, bumbos, repiques, agogôs, reco-reco, atabaques, berimbaus, pandeiros, ferros, alfaias, zabumbas, agbês, timbas, entre outros;
-materiais de sucata, baldes, latas e garrafas;
-tinta spray;
-tecido, TNT por exemplo;
-palha da costa e rolos de barbante, etc.

·         Recursos Humanos

ü  Corpo docente escolar/coordenação:

Ficará incumbida de acompanhar todo o processo pedagógico das atividades, assim como dar o suporte necessário para que as mesmas sejam metodologicamente realizadas com êxito e coerência, segundo metodologia e objetivos do projeto.
Além de auxiliar se for o caso, em ajuda de curtos, seja para alimentação, transporte ou custos a mais, ao(s) facilitador(s) á frente das ações propostas.

ü  Facilitador(es):

-Este(s), incumbido(s) de realizar(em) as ações propostas neste Projeto Pedagógico, sendo coerente segundo metodologia e objetivos anteriormente citados. E o valor da ajuda de custos, fica a critério do corpo docente e facilitador(es).



     ATIVIDADES SÓCIO-EDUCATIVAS E CULTURAIS
CAPOERIA
Capoeira, palavra de origem luso-indígena (do Tupi Guarani, significa mato ralo). Modalidade de luta praticada ao som de instrumentos de percussão (berimbaus, atabaque, pandeiros, agogôs, e reco-reco), tem sua origem e trajetória marcadas pela anciã de liberdade contra a escravidão. A capoeira é a única luta autenticamente brasieira, e o capoeirista luta(ou), não só para preservar seu corpo físico, mais seu pcicológico, sua ancestralidade, na preservação da tradição. Mas, muito mais do que isso, por meio da análise do seu processo histórico, a capoeira apresenta-se
como um "barro flexível no qual brancos e negros vão moldando-o segundo as exigências e interesses
específicos em jogo em cada momento histórico"(Monteiro, 97).De origem afro-brasileira, surgiu por volta do sec. XVI, época das invasões holandesas no Nordeste. Hoje se econtra em várias partes do globo. Países como: EUA, França, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Finlandia, México, Israel, Canadá entre outros.
Praticam a capoeira homens e mulheres de todas as idades, credos e etnias, a capoeira se presta tanto para o ataque quanto para a defesa, uma luta, dança, folclore, uma manifestação cultural do povo afro-brasileiro, que ganhou o mundo com seu gingado, cheio de “malícia, mandinga e malandragem”.....



CAPOEIRA ANGOLA...
              “Capoeira é mandinga, é manha, é malícia...
...Capoeira é tudo que a boca come...”
Mestre Pastinha
A Angola é a capoeira em sua forma mais primitiva, onde percebemos nitidamente a grande influência dos africanos nas tradições folclóricas do povo afro-descendente....


CAPOEIRA REGIONAL ...


CAPOEIRA - JOGO DE MIUDINHO

“Miudinho não é angola, miudinho não é regional...
...Miudinho é um jogo manhoso, é um jogo de dentro...
...é um jogo legal...”
                                                                    Arthur Neto

“Nas décadas de 1970 e 1980, a capoeira passou por um período de grande expansão e popularização em todo país, conseguindo um status muito grande no Brasil e no exterior. Começaram a emergir vários benefícios até então inexplorados, como a inserção da capoeira nos currículos das instituições de ensino; o desenvolvimento das metodologias de treinamento; o crescente reconhecimento social da capoeira. A ampliação dos mercados potenciais de trabalho resultou na aplicação da capoeira em trabalhos de grande valor social, como a adaptação para alunos especiais, à reintegração de crianças e jovens marginalizados e a capoeira para a "terceira idade". Ao lado dos benefícios, vieram também os prejuízos - as desfigurações alcançadas pela formação de jovens "mestres" e, principalmente pela exacerbação da agressividade, descambando para a violência.
 

Durante este período, Mestre Suassuna, preocupado com o rumo que a capoeira vinha tomando, começou a relembrar a capoeira que jogava no fim da década de 50. Então, ele elaborou seqüências de treinamento que fixavam essa movimentação que aprendeu, vivenciou e ensinou. Colocou o seu estilo plástico e rico em movimentações, desenvolveu um toque e alguns elementos que, após um processo que durou mais de quinze anos ficou conhecido como Jogo do Miudinho.
O nome nasceu de uma brincadeira nos treinamentos, aonde o mestre dizia pra seus alunos que deveriam jogar mais próximo, e eufórico gritava: - É pra jogar miudinho!!!
Na década de 90, passou e trabalhou essas seqüências para seus mais novos discípulos que, com uma capoeira rica e vigorosa, ficou conhecida como a “Geração Miudinho”. Com simpatizantes no mundo todo o Mestre Suassuna e seu miudinho ganham adeptos que constantemente freqüentam sua academia, no bairro Santa Cecília em São Paulo, para aprender seus segredos e mandingas do jogo da capoeira”.
Contra Mestre Boca Rica
Aluno de Mestre Boca Rica

CORDÃO DE OURO - O GRUPO E SUA HISTÓRIA

"Quando eu morrer, me enterre na Lapinha...
 ...Calça culote, paletó, almofadinha...
...Adeus Bahia, zum,zum, zum, Cordão de Ouro..."
Baden Powell

Década de 60
Os primeiros alunos de Mestre Suassuna em Itabuna – Bahia. Da esquerda para a direita em pé Chico Minuto, Garrincha e Clido. Agachados, Mestre Suassuna e Polícia.
E conhecido como Luizinho - Mestre Luís Medicina, quem mais se destacou na época, hoje Mestre do Grupo Raça.
A ASSOCIAÇÃO DE CAPOEIRA CORDÃO DE OURO foi fundada pelo Mestre Suassuna na década de 60, mais exatamente em 1º de Setembro de 1967, juntamente com Mestre Brasília, numa época de grandes festivais da música popular brasileira. Ao ouvir o refrão da música acima em uma rádio, os dois, já com a idéia de abrir uma academia, decidem usar o nome CORDÃO DE OURO, por se tratar de Besouro Cordão de Ouro, um capoeirista anterior à divisão Angola e Regional. Mestre Suassuna ensinaria Capoeira Regional e Mestre Brasília Capoeira Angola dentro do mesmo espaço. Após um curto período, Mestre Brasília decidiu fundar seu próprio grupo, São Bento Grande.

Nasce Associação Cordão de Ouro - Av. Angélica em um prédio em demolição até chegarem na Rua das Palmeiras, 104
Nesta época difícil para a capoeira, quando a perseguição da ditadura e o preconceito impedia seu desenvolvimento no sul do país, Mestre Suassuna, baiano de Itabuna, recém chegado a São Paulo, continuou o trabalho e se apresentava insistentemente, mostrando as técnicas do jogo e luta, abrindo a primeira academia na capital paulista.

Com intenso trabalho, não demorou muito a ter seus primeiros bambas, tais como Lobão, Esdras Filho, Tarzan, Belisco, Almir das Areias, Caio, e tantos outros.

Abrigava capoeiristas do norte e nordeste que aqui chegavam, com o intuito de melhor difundir a arte da capoeira, fazendo de sua academia a referência para a formação de uma grande safra de novos mestres em solo paulista. A CAPOEIRA CORDÃO DE OURO foi berço de muitos nomes de destaque. Além dos já citados, vieram os Mestres Flávio Tucano, Biriba, Dal, Marcelo Caveirinha, Urubú Malandro, Espirro Mirim, Xavier, Lúcifer, Torinho, Pial, Cangurú, Sarará, Zé Antônio, Ponciano, Bolinha, Geraldinho, sem se esquecer também de Mestre Cícero, Mestre Zé Carlos e Mestre Penteado, aque apesar de serem alunos netos possuem um valor inestimável para Mestre Suassuna e o Grupo Cordão de Ouro, entre tantos que completariam uma lista imensa.

Sempre irrequieto Mestre Suassuna nunca se acomodou, mantendo seu trabalho continuamente reciclado, criando após anos, o Jogo do Miudinho. Uma nova equipe de capoeiristas enriqueceria o seu acervo de contra mestre: Boca Rica, Habibs, Mintirinha, Kibe, Denis, Saroba, Coruja, Chicote, Chiclete, Kino, Pintado, Lú Pimenta, Barata, Esquilo, Romualdo e outros mais, regentes de um jogo novo e rico em movimentos plásticos, mais conhecidos como a geração miudinho.

Hoje, com inúmeras filiais no Brasil e no exterior, o GRUPO CORDÃO DE OURO tem papel de destaque entre todos os grupos de capoeira, não só pelo que representa o Mestre Suassuna para o esporte e para a cultura, mas também pelo esforço empreendido por ele e seus adeptos. A fim de manter a capoeira num nível altamente técnico, interagindo velocidade, agilidade, elasticidade, criatividade, música e malícia, sem esquecer suas raízes.Esse esforço tem sido compensado pela dedicação dos capoeiristas que seguem a filosofia do grupo.
Rua Jesuíno Pascoal, 44 - Santa Cecília - São Paulo - Brasil - CEP 01224 050
Fone: 55 (11) 3223 5357


UNIVERISDADE FEDERAL DO CEARÁ
GRUPO DE MÚSICA PERCUSSIVA ACADÊMICOS DA CASA CAIADA

Grupo de Música Percussiva Acadêmicos da Casa Caiada da Universidade Federal do Ceará, formado em 2008 pela extensão da disciplina de percussão do curso de Licenciatura em Educação Musical, batizado pelo ritmista e artista plástico Descartes Gadelha atualmente, contempla jovens estudantes de escola pública do bairro de José de Alencar, com a orientação de Catherine Furtado (Graduada em Música – UFC) e coordenação do Dr. Erwin Schrader (UFC). A proposta do grupo é desenvolver atividades de formação musical através do contexto coletivo da Música Percussiva através de um diálogo com escolas públicas, oferecendo também aulas de letramento musical e técnica vocal. Os encontros acontecem no espaço da Casa de José de Alencar, aos sábados a partir das 09h00min, com a disponibilidade de 120 instrumentos percussivos, abrangendo diversas propostas rítmicas. Além do propósito da formação musical, o grupo interage com Mestres da Cultura Popular, agremiações de escolas de sambas e maracatus, contribuindo com produções artísticas de um repertório brasileiro e expandindo a vivência entre os espaços populares, escolares e acadêmicos.